sábado, 29 de novembro de 2008

Conserva de damasco e amêndoas



Quando eu faço essa geléia (nome original é conserva) acabo sempre presenteando os amigos ou amores. Aliás, sempre que presenteio algo que eu faço com as minhas mãos considero isso um ato de amor.
A geléia é feita com damasco seco e é uma boa idéia para aproveitar os damascos secos que acabam sempre sobrando das festas de final de ano. Além disso, o damasco (Prunus Armeníaca) é muito apreciado pelos vegetarianos ou naturistas, por conta das suas propriedades dietéticas (100g de damasco nos fornecem apenas 34 calorias, 1g de proteínas, 12,30g de hidratos de carbono e 0,10g de gorduras).
Reza a lenda que os hunza, um povo que vive próximo ao Himalaia e que tem a idade média aproximada dos cem anos tem como o damasco um dos alimentos mais utilizados. Some-se a isso as propriedades das amêndoas, mas isso é uma estória a parte. Eu reduzi bastante o açúcar da receita original. Vamos à receita.

Ingredientes:

500g de damascos secos, cortados em quatro.
1,13l (5 xícaras) de água
390g (3 xícaras) de açúcar
1 colher (sopa) de licor de amêndoas
60g (1/2 xícara) de amêndoas em laminas

Modo de fazer

Deixe os damascos de molho na água de molho na água de um dia para o outro. Escorra os damascos e reserve o líquido.
Numa panela de fundo grosso, misture o açúcar com o líquido reservado, deixe ferver em fogo baixo mexendo até que o açúcar tenha dissolvido. Quando levantar fervura deixe ferver por uns 5 minutos. Adicione os damascos de cozinhe até a temperatura chegar a 105graus C. Ou teste usando o método da colher.
Junte imediatamente o licor e as amêndoas. Retire do fogo. Deixe a geléia fica na temperatura ambiente por 10 minutos, mexendo de vez em quando, para conservar as frutas e as amêndoas em suspensão.
Despeje a conserva em vidros esterilizados, até 1,4cm da borda; feche hermeticamente com tampas esterilizadas. Guarde El local fresco escuro. Ótimo para presentear.
Obs. O teste da colher consiste em despejar uma pequena quantidade de geléia em um prato frio. Deixe esfriar. Se a geléia formar uma membrana e enrugar quando puxada com o dedo ou a colher, está pronta.
Essa receita foi retirada e adaptada do livro: Comida caseira de Annette Grimsdale da Editora Manole Ltda.

domingo, 23 de novembro de 2008

Sorbet de uva com vinho Cabernet Sauvignon



Eu tinha testado fazer essa receita, no verão e acabei tirando as fotos e não escrevendo a receita e agora nessa primavera chuvosa eu resolvi testá-la novamente para agradar a Laurence que “odeia” os sorvetes e tudo o que leve creme de leite, leite ou manteiga. Então depois do nosso jantar de sexta-feira que fomos provar o vinho que ela tinha escolhido.
O vinho era um Reserva da Serra, da Serra Gaucha de 2005. O vinho foi elaborado a partir das uvas Cabernet Sauvignon e Merlot com teor alcoólico de 13,5%. Ele tinha uma coloração intensa com reflexos violáceos. Seus aromas evidenciavam frutas vermelhas, cacau e especiarias. Ao paladar o vinho foi surpreendente pela complexidade principalmente para quem sempre habituada aos vinhos franceses como a Lau ou mesmo para mim que sempre tive um pouco de preconceito aos vinhos tintos nacionais. Bem, de fato a intenção era escrever sobre o sorbet de uva degustado e harmonizado com chuvas de primavera.

Nessa estória toda, a amante de sorvete/sorbet era a Elizabeth que se limitou a tomar apenas uma taça, eu que a princípio apenas ia degustar para saber como tinha ficado a receita, acabei quase detonando todo o pote com a Lau que no início insistia em dizer que não tinha gosto de uva. A Elizabeth mesmo sem ver a cor dizia que o gosto lembrava os velhos picolés de uva da Kibon e Lau que nunca teve essa experiência, acabou concordando que tinha gosto de uva e admitiu que ainda não conhece todas as uvas que são produzidas no Brasil. Da minha parte eu apenas acho que é um bom destino para as tais polpas de frutas que invadem os congeladores dos supermercados.

Ingredientes
800g de polpa de uva congelada
1 xic. (chá) de vinho cabernet Sauvignon
1 xic. (chá) de água
1 xic. (chá) de açúcar
Raspas de 1 limão siciliano
Gotas de limão (a gosto)

Modo de fazer
Base de qualquer sorbet de frutas
Fazer uma calda com o açúcar e a água. Para isso Leve ao fogo uma panela com o açúcar e a água e vá mexendo até o açúcar dissolver. Espere levantar fervura e cozinhe a calda durante 5 (cinco) minutos. Desligue o fogo e deixe esfriar.

Num liquidificador, bata a polpa de uva com a calda, até mistura tudo. Acrescente o vinho e as raspas de limão. Coloque algumas gotas de limão e tenha cuidado para não mascarar o gosto de uva com excesso de limão.
Se tiver uma sorveteira. Coloque a mistura para bater por uns trinta minutos e leve para gelar no freezer.
Caso não tenha uma sorveteira, coloque em um recipiente e leve para gelar do freezer e vá depois que começar a formar gelo, tire e bata e retorne ao freezer. Faça isso mais umas duas ou três vezes para dar cremosidade ao sorbet.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Due cuochio cucina

A minha última noite em Sampa foi marcada com um jantar no Due Cuchio Cucina com a minha amiga Maria Elisa. Como desde sempre a Elisa é como eu uma grande amante dos bons restaurantes e da boa comida. A sugestão foi dela que conhecia o restaurante. Para eu ir a São Paulo e não comer em algum restaurante italiano é como ir a Roma e não ver o Papa, aliás, eu nunca fui à Itália, mas ando pensando muito no assunto. O Due Cuchio Cucina é um restaurante com comida no norte da Itália e tem ganhado por três anos consecutivos o prêmio de melhor restaurante italiano.
Convém fazer reserva, uma vez que o restaurante não é muito grande. Bem que tentamos fazer reserva, mas sem sucesso. Conclusão arriscamos ir sem reserva e com a expectativa de que teríamos que esperar um pouco e acreditávamos que nada desesperador para uma quarta-feira, depois de alguns quilômetros de congestionamento pelas marginais. Confiei no taco da Elisa e fomos direto do trabalho. Ela me disse que o marido dela sempre diz que ela é uma pessoa de sorte que nunca pega congestionamento e não deu outra. Parecia que todos os carros, rodeando a USP, molhados pela garoa paulista que insistia em cair às 17h, abriram caminho para nos passarmos.
Claro que não iríamos para o restaurante a essa hora e nada como uma passadinha básica no shopping Eldorado para bisbilhotar as vitrines e alegrar a Elisa e obviamente ela saiu com algumas sacolinhas. Conseguimos estar no Due Cuochio por volta das 19:30 e pasme sem fila e com lugar garantido e sem as tais reservas.
Depois do simpático couvert composto de focaccia, pão italiano, pequenas brusquetas de tomate com manjericão, azeite com manjericão, sardela e uma tapenade de azeitona preta escolhemos os nossos pratos. Depois dessa orgia de pão escolhemos os nossos pratos.
A Elisa escolheu um simpático tortelini recheado com brie e molho rústico de tomate com manjericão e eu um coelho assado acompanhado de um gnochi de azeitona preta. Eu particularmente não sou muito amante de gnochi, mas não resisti experimentar essa mistura que para mim era inusitada: gnochi de azeitona preta. O coelho estava magnífico, muito macio e perfumado com alecrim e o molho no tom exato para chuchar o pão. O gnochi apenas diferente do habitual, nada excepcional ao meu paladar. O tortelini da Elisa estava muito bom, principalmente o molho de tomate que tinha um gosto bem acentuado do tomate com pedaços macios e forte aroma de manjericão e falo isso, porque acabei comendo mais da metade do prato da Elisa que atualmente está comendo muito pouco para alegria de quem compartilha com ela esses bons momentos. Bem, como estávamos muito comportadas não agüentamos comer nenhuma sobremesa e um pouco pensando no creme brûlée que ficou na geladeira. Como a E. não bebe eu fiquei apenas numa taça de vinho carmenere do Chile, safra de 2006. Quando saímos do restaurante, ele estava apinhado de gente e chegamos a casa ainda a tempo de ver o final da novela e não conseguimos comer a nosso creme brûlée.
O meu prato - Coelho assado com gnochi de azeitonas preta

O prato da Elisa - Tortelini recheado com brie e molho de tomate fresco

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

CRÉME BRÛLÉE



Aqui estou em Sampa, eu vim a trabalho e aproveitei para rever a minha querida amiga Elisa e relembrar os velhos tempos da PUC em São Paulo, e antes de vim para cá liguei para perguntar se ela queria alguma coisa do Rio e ela imediatamente pediu para não esquecer de trazer o meu maçarico e fazer para ela um créme brûlée e claro que eu não ia me esquecer, mesmo porque esses dias eu tinha prometido para a Lau que ia fazer um creme brûlée de maracujá para ela e tentar diminuir um pouco das calorias, se é que é possível.
Falar em créme brûlée vem na memória os diferentes tipos que já comi e a lembrança dos diferentes lugares, o clima etc e etc..
Eu comi um créme brûlée maravilhoso num restaurante (não me lmebro do nome) em Nîmes, na França com a Sussu, a Fátima, a Lucia e a Maria Eugênia, quando fomos a festa de Santa Sara em Saintes Maries de la Mer. O o créme brûlée desse reaurante estava tão bom que repetimos a dose umas três vezes. Outro muito bom foi no restaurante Sophia, aqui em SP, mas parece que o restaurante fechou recentemente. Bom, vamos a receita da Elisa, afinal sempre vou me lembrar dela quando fizer alguma coisa com esse Santo Maçarico, pois foi por influência dela que comprei o meu.
Aliás, acabei de dar um maçarico de presente e espero que ela aproveite bem o bichinho. Enquanto o dito cujo assa eu vou a receita e depois as fotos.


INGREDIENTES
(8 Porções)
8 gemas
½ xícara de açúcar (sempre que posso diminuo um pouco)
500 ml de creme de leite fresco
1 fava de baunilha
Açúcar de confeiteiro para polvilhar

MODO DE FAZER
Numa tigela, junte as gemas com o açúcar e misture até obter um composto homogêneo. Reserve. Não bata muito para não formar muita espuma.
• Aqueça o creme de leite com o leite e a fava de baunilha. No final raspe bem a fava e aproveite a casca da baunilha e coloque no açúcar para fazer açúcar de vanile.
• Apague o fogo, deixe esfriar um pouco e misture as gemas cuidadosamente e passe por uma peneira.
• Coloque em forminhas e leve ao forno preaquecido a 150°C, em banho-maria, por cerca de 50 a 60 minutos, até o creme ficar firme.
• Retire e deixe esfriar e leve para gelar bem. Na hora de servir, polvilhe com açúcar cristal e queime com um maçarico.